Em meados do século XX houve o surgimento do modernismo que baseia-se no rompimento com o tradicionalismo (libertação estética), nesse contexto de novos significados tanto para a arte quanto para a literatura surgi a obra “Morte e vida Severina” de João Cabral de Melo Neto, esta última foi escrita por pedido de Maria Clara Machado à João Cabral. Um exemplo bem interessante do modernismo pode ser viso na obra de Candido do Portinari, Os retirantes.
Obra “Os retirantes”, Candido do Portinari – A obra traz traços não convencionais, rompendo com a tradicionalidade, tal obra apresenta os retirantes que viviam uma situação desprezível por consequência da seca alastrada na época.
Também conhecido como Auto de Natal o livro Morte e vida Severina foi desenvolvido com base nos retirantes do sertão nordestino, vale ressaltar também que a obra foi fundamentada na temática da seca, esta se alastrava por todo o nordeste brasileiro, dificultando assim a vida do sertanejo e consequentemente contribuindo para a migração destes à outros locais.
Sinopse da obra “Morte e Vida Severina”
A obra “Morte e Vida Severina” retrata a história de um retirante de nome Severino, que deixa o sertão e migra para o litoral de Pernambuco, em busca de melhores condições de vida, em seu trajeto encontra miséria, desespero e morte, o que desmotiva sua vontade de viver naquela região. No decorrer de sua jornada acontecem várias mudanças que renovam sua forma de pensar sobre o verdadeiro valor da vida.
“Um povo que não sabe o que é morte em vida ou vida em morte Severina.”
(Livro: Morte e vida Severina- João Cabral de Melo, 1955)
Quem foi João Cabral de Melo?
João Cabral de Melo nasceu em Recife-PE, em 1920, sua obra que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular caracteriza-se pelo rigor estético, membro da academia brasileira de letras, foi graduado de vários prêmios. Quando morreu em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel da literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário